sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Paraty RJ. Parte V Final.

A cidade e o seu patrimônio foram preservados e reconhecidos como Patrimônio brasileiro, sendo o núcleo urbano colonial e seu conjunto arquitetônico acautelados pela legislação federal de proteção do patrimônio cultural - lei de tombamento, e redescoberto em 1964, com a reabertura da estrada que a ligava ao estado de São Paulo - a Paraty-Cunha -, vindo a constituir-se em um polo de atração turística.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário.






Igreja de Nossa Senhora dos Remédios.



Desse modo, em 19658, o conjunto histórico de Paraty foi tombado pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional. O movimento turístico intensificou-se com a abertura da Rodovia Rio-Santas (BR101) em 1973. Na década de 1980 indígenas Guarani M'bya, procedentes do sul do país. instalaram-se no município atuais aldeias de Araponga e Paratimirim.





Igreja de Nossa Senhora das Dores.




Hoje a cidade é o segundo polo turístico do estado do Rio de Janeiro e o 17 º do país. O jornal The New York Times, destacou a cidade como destino cultural mais rico da Costa Verde. Foi uma das poucas cidades que não são capital de estado a receber a tocha dos Jogos Pan-Americanos de 2007 nos dias que antecederam os jogos.








Em 5 de julho de 2019, a cidade colonial de Paraty e a Ilha Grande foram declaradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco, por sua mistura única de riquezas históricas e naturais. Trata-se do primeiro lugar misto (patrimônio cultural e natural) do Brasil.








A área reconhecida abrange 149 mil hectares e inclui o centro histórico das colônias de Paraty (fundada em 1667 e declarado patrimônio histórico em 1958) e quatro reservas naturais ao redor, incluíndo a Serra da Bocaina e a Ilha Grande, na região chamada de "Costa Verde".








O governo brasileiro concentrou sua candidatura na coexistência de culturas locais, como indígenas, quilombolas (descendentes de negros escravizados) e comunidades costeiras de pescadores e artesãos. Além disso, segundo o Iphan, 85% da Mata Atlântica é preservada nessa área.






A candidatura listou 36 espécies de plantas consideradas, sendo 29 endêmicas. Entre os tesouros históricos de Paraty, está um trecho da Estrada do Ouro, construída por escravos entre os séculos XVII e XVIII, por onde transportavam os metais preciosos extraídos no interior de Minas Gerais até o porto de Paraty, destinados a Portugal. Antigas fazendas, fortificações, adegas de cachaça e sítios arqueológicos também fazem parte do circuito histórico.

Fonte: www.wikipedia.org Paraty 

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Paraty RJ. Parte IV.

A partir de 1664 várias comunidades se registram entre moradores, visando tornar entre os moradores, visando tornar a povoação independente da vizinha Angra dos Reis, o que veio a ocorrer em 1670, como fruto da revolta liderada por Domingos Gonçalves de Abreu, vindo o povoado a ser elevado à categoria de vila.








Este ato de comunidade foi reconhecido por Afonso V de Portugal, que, por Carta Régia de 28 de fevereiro de 1677 ratificou o ato dando-lhe nome de "Vila de Nossa Senhora dos Remédios de Paraty". Com a descoberta de ouro pelos paulistas na Capitânia de São Vivente (na atual região de Minas Gerais), a dinâmica de Paraty ganhou novo impulso já que a capital do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro por esse motivo.








Em 1702, o governador da capitânia do Rio de Janeiro determinou que as mercadorias somente poderiam ingressar na Colônia pela cidade do Rio de Janeiro e daí tomar o rumo de Paraty, de onde seguiriam para as Minas Gerais pela antiga trilha indígena, agora pavimentada com pedras irregulares, que passou a ser conhecida por Caminho do Ouro.








A proibição do transporte de ouro pela estrada de Paraty, a partir de 1710, fez seus habitantes se rebelarem. A medida foi revogada, mas depois restabelecida. Este fato, mas principalmente a abertura do chamado Caminho Novo, ligando diretamente o Rio de Janeiro às Minas Gerais, tiveram como consequência a diminuição do movimento da vila.








A partir do século XVII registra-se o incremento no cultivo de cana-de-açúcar e a produção de aguardente. No século XVIII o número de engenhos ascendia a 250, registrando-se em 1820, 150 destilarias em atividades. A produção era tão elevada que a expressão "Parati" passou a ser sinônimo de cachaça, produção artesanal que perdura até os nossos dias.








Para burlar a proibição ao tráfico de escravos decretada pelo regente Padre Diogo Antônio Feijó, o desembarque de africanos passa a ser feito em Paraty. As rotas, por onde antes circulava o ouro, passaram então a ser usadas para o tráfico e para o escoamento da produção cafeeira do vale do Paraíba que então se iniciava. À época do Segundo Reinado, um Decreto-lei de 1844, do imperador Pedro II do Brasil, elevou a antiga vila a cidade. Com a chegada da ferrovia a Barra do Piraí (1864) a produção passou a ser escoada por ela, condenando Paraty a um longo período de decadência.

Fonte: www.wikipedia.org Paraty