Peruíbe SP.

Quando do "descobrimento" do Brasil pelos portugueses em 1500, já existia, na região, a Aldeia dos Índios Peruíbe. No sistema de Capitanias Hereditárias implantado pela Coroa Portuguesa em 1534 para a colonização do Brasil, o território onde hoje localiza-se pertencia à Capitania de São Vicente, cujo donatário era Martim Afonso de Souza.

Igreja de São João Batista.

"Peruíbe", segundo Silveira Bueno, é um vocábulo indígena que significa "no rio dos tubarões", pela junção dos termos tupis iperu (tubarão), 'y' (rio) e pe (em). Consta, porém, em alguns documentos, que esse nome estaria associado ao modo como José de Anchieta se referia ao lugar, chamando-o "Tapirema do Peru", por suas semelhanças com a região peruana, onde os jesuítas haviam enfrentado dificuldades no exercício da catequese.

Mas a história de Peruíbe está intimamente ligada ao estabelecimento de padres jesuítas pelo litoral do estado de São Paulo. Em 1549, chegou o padre Leonardo Nunes para fazer a catequese dos índios, no local onde havia sido construída a Igreja de São João Batista.

Ruínas de Abarebebê.

Os indígenas o apelidaram de Abarebebê ou Abaré-bebé (termo que traduzido do tupi antigo, significa "Padre Voador", através da junção de abaré, "Padre" e bebé "voador"), pois parecia estar em vários lugares ao mesmo tempo. Restos desta igreja são conhecidos hoje como Ruínas de Abarebebê. Em 1554, foi a vez de o padre José de Anchieta chegar ao aldeamento.

Museu Histórico e Arqueológico de Peruíbe.

Em 1640, passou a ser conhecida como Aldeia de São João Batista e, em 1789, os padres jesuítas foram expulsos do Brasil. A aldeia, abandonada, entrou em declínio, tornando-se uma pacata de vila de pescadores, sempre submetida ao município de Itanhaém. 

Mercado Municipal de Peixes.

Nos anos de 1950, com a construção de rodovias para o litoral sul, a atividade comercial, especialmente imobiliária, começa a crescer, sendo realizado um plebiscito para definir a emancipação política de Peruíbe, em 24 de dezembro de 1958, proposto pelo vereador de Itanhaém, Geraldo Russomano. Em 18 de fevereiro de 1959, o distrito passou a ser município desmembrado do território de Itanhaém.

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