Bloco do Prazer. Rio de Janeiro RJ.

    Inversão da ordem cotidiana e normativa, trabalho, rito, a festa já foi estudada e analisada a partir de diferentes modos de compreensão.

    Contudo, ela segue indecifrável, não se deixando rotular, ampliando fronteiras geográficas, incluindo vozes, sem pedir licença.

    O Brasil, particularmente constituído de riqueza pluriétnica, viu sua popular rural e ribeirinha cantar e agradecer a fartura da pesca, sair em procissões, fantasiar-se nas manifestações.

    Mascarar-se, louvar a colheita ou, em localidades metropolitanas, tomar as ruas em alegria pelos feridos prolongados nos dias dos santos ou festas pagãs.

    Há que se entender que, na festa, foram incorporadas as dores e os prazeres das classes subalternizadas que, por isso mesmo comemoravam, suplicavam e protestavam em surpreendente consonância.

    Coletiva ou individualmente, que seja de forma agregaria ou solitária, podemos observar a evocação do prazer quando a festa se torna manifestação.

    Fonte: MAR Museu de Arte do Rio de Janeiro.