Grande Sertão. Rio de Janeiro RJ.

    A exposição Grande Sertão, de Graça Craidy (1951, Ijuí - Rio Grande do Sul, Brasil), é um casamento feliz das artes visuais com a literatura, inspirado no maior romance brasileiro do século XX, o livro Grande Sertão: Veredas (1956), do médico, diplomata e escritor brasileiro João Guimarães Rosa (1908, Cordisburgo/MG - 1967, Rio de Janeiro/RJ).

   Reconhecido tanto por sua linguagem dita inventada quanto por sua narrativa instigante e aventuresca, o livro retrata um Brasil profundo, em plena mudança do Império para uma República que ameaçava o poder local de coronéis e fazendeiros.

   Nesse momento histórico de surdas batalhas, um sertão recortado por rios, veredas, coqueiros-buritis, pássaros e animais selvagens acoita homens comuns incomuns.

   Centenas de personagens se movem no livro Grande Sertão: Veredas o tempo todo, de lá para cá, bordilhando as trilhas de um certo sertão narrado por um único indivíduo, o ex-jagunço Riobaldo que cada pouco mira e vê alertando para a complexidade de existir: "Tudo é é não é".

   Fonte: Centro Cultural dos Correios RJ

Douglas Knesse. Rio de Janeiro RJ.

   Em sentido simbólico ou figurado, um contrapeso é sempre algo capaz de equilibrar, limitar ou moderar essa força.

   Douglas Knesse frequenta diariamente seu ateliê, pintando e criando intensamente, observando um gesto que se faz sem "pensar a mão" sobre a superfície.

   O que, nesse caso, seria equilibrar a for da impressão nas superfícies escolhidas? Fazer o peso flutuar no gesto seria se entregar ao acaso, agir arbitrariamente? O equilíbrio, aqui, parece ser a tarefa mais sutil diante do desafio de ter um corpo - saber empreender um movimento ao mesmo tempo com precisão e descontração.

   Fonte: Centro Cultural dos Correios RJ