Quando o calcário terminou, em 1984, restou uma depressão de 70 metros, que foi progressivamente coberta com água da chuva e de veios subterrâneos, erguendo um grande lago. Seis anos depois, em 1990, a Prefeitura Municipal de Itaboraí declarou a área de utilidade pública, ocupando-se como espaço educacional (sede da Escola Técnica de Agronomia) e, posteriormente, como área de moradia para a população do município, que utilizava o lago como área de lazer.
Ainda de acordo com Castro & Machado (2009), logo após a desativação da atividade mineradora alguns pesquisadores tentaram encontrar uma forma de proteger esse sítio; único no estado do Rio de Janeiro. Porém, infelizmente, duas solicitações de tombamento ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) foram canceladas na época.
Somente através de um processo de desapropriação, em 1995, nascia o Parque Paleontológico de São José (PPSJ), eleito pela comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos (SIGEP), órgão ligado à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), um dos patrimônios da humanidade.
Com os principais objetivos de preservar e recuperar os ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza da região; garantir a proteção da vegetação remanescente da Mata Atlântica das pesquisas científicas nos sítios arqueológicos, geológicos e paleontológicos. No PNMPSJI já forma descobertos fósseis de diversos mamíferos cenozoicos, gastrópodes, répteis e anfíbios, destacando-se o tatu mais antigo do mundo e o ancestral das emas. Ambos paleógeno, datados de cerca de 55 milhões de anos. Foram achados, também, fósseis de preguiça gigante e mastodonte, da Idade Pleistocênica (aproximadamente 20 mil anos). Agradeço ao Mestre, Professor e Paleontólogo Luís Otávio pelas explicações e colaboração nessa postagem e materia.
Fonte: www.ppsji.itaborai.rj.gov.br